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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fique a saber mais sobre os adoçantes

Podem dividir-se em naturais (polióis) ou artificiais (adoçantes intensos). 


Polióis: substitutos do açúcar


Também denominados por "açúcares alcoólicos" pertencem à categoria dos adoçantes nutritivos uma vez que, tal como o açúcar, fornecem energia. Chamam-se alcoólicos porque possuem a mesma estrutura química que os álcoois, não possuindo o etanol que é característica das bebidas alcoólicas.
Os polióis podem derivar da sacarose, da glicose e do amido, surgindo na forma de sorbitol, manitol e xilitol.
São naturais por existirem naturalmente em vários frutos ou vegetais, na realidade são hidratos de carbono, mas fornecem menos calorias por grama que o açúcar, por exemplo, 2,6 kcal/g de sorbitol e 1,6 kcal/g o manitol, pois são absorvidos lentamente e de uma forma incompleta.
A sua doçura varia: o sorbitol e o manitol possuem cerca de 50% da doçura do açúcar de mesa enquanto que a do xilitol é idêntica. Muitas vezes são combinados com adoçantes intensos de forma a tornarem-se mais doces.

  • Benefícios para a saúde - não promovem a cárie dentária, pois não são digeridos pelas bactérias orais, razão pela qual são utilizadas nas pastilhas elásticas, alguns doces, bebidas e alguns alimentos light.
    No entanto, consumidos em excesso podem provocar gases abdominais ou ter um efeito laxante.
  • Segurança alimentar - o sorbitol e o xilitol são reconhecidos como seguros. O manitol é aceite como tal, mas necessita de mais estudos para uma análise mais complexa.


Adoçantes intensos: sabor sem calorias


Todos nós já vimos produtos em que se lê: "baixo em calorias" e "sem açúcar"! Estas são as características alimentares apelativas para pessoas preocupadas com controlo de peso e diabéticos. Os adoçantes intensos podem oferecer um sabor adocicado com uma ínfima fracção das calorias e são muito mais doces do que o açúcar em quantias equivalentes, razão pela qual são necessárias quantidades muito reduzidas para o mesmo efeito.
Os adoçantes intensos são também referidos como adoçantes não nutritivos, adoçantes de baixas calorias, ou adoçantes alternativos. O termo não nutritivo é apropriados por estes oferecerem pouca ou nenhuma energia. 
  • Implicações para a saúde - os adoçantes intenso hoje disponíveis não provocam a cárie, porque não são hidratos de carbono, não têm calorias, não são metabolizados por humanos, são benéficos para o diabético e não são prejudiciais para a saúde.

Quarteto de opções doces

Talvez nenhum ingrediente tenha sido tão estudado pelos investigadores como os adoçantes intensos. Antes de serem utilizados nos alimentos (ou como adoçantes de mesa) eles foram e continuam a ser testados intensamente para se cumpriram as regras impostas pela organização de saúde:
    • Aspartame - é cerca de 200 vezes mais doce do que o açúcar de mesa. É uma combinação de dois aminoácidos (ácido aspártico e fenilalanina) que se combinam de forma a provocar um sabor doce na boca.
      Por não ser estável a temperaturas mais elevadas, o aspartame é utilizado com maior frequência em alimentos que não precisem ser cozinhados.
Pessoas com fenilcetonúria (doença congénita que se caracteriza pela falha da enzima que metaboliza a fenilalanina no sangue) não podem ingerir este adoçante. No caso de estes doentes a ingerirem, poderão ocorrer danos cerebrais graves.
No caso de pessoas sensíveis ao ácido aspártico, podem surgir reacções alérgicas,cefaleias e perturbações da visão. 

    • Sacarina -  é 300 a 500 vezes mas doce do que o açúcar e produzida a partir de uma substância natural presente nas uvas. A sacarina não fornece energia, porque o corpo não a consegue subdividir; em vez disso é eliminada na urina.
    • Potássio de acesulfame - é 200 vezes mais doce do que o açúcar de mesa. Tal como a sacarina, não fornece energia, porque o corpo não a consegue subdividir; em vez disso é eliminado na urina. É frequentemente combinado com outros açúcares, tanto intensos como tradicionais.
    • Sucralose - é 600 vezes mais doce do que açúcar e o único feito a partir do açúcar. O corpo não reconhece como um hidrato de carbono, pois foi modificada para se tornar num pó nutritivo. Não pode ser digerida, absorvida ou metabolizada para produção de energia no corpo. Tem um desempenho idêntico ao açúcar nos cozinhados, no entanto não cria volume nos alimentos cozinhados. É altamente estável ao calor, mesmo em períodos prolongados e mantém o sabor nos alimentos. É bastante útil como açúcar de mesa ou em preparações de bebidas e alimentos. 


Eunice Jorge 

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