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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vegetarianismo


Fique a conhecer todas as características da dieta vegetariana e perceba porque tantas pessoas aderem!

Segundo a American Dietetic Association, um vegetariano é uma pessoa que não come carne, peixe, aves ou produtos que os contenham. Os padrões alimentares dos vegetarianos podem, contudo, variar consideravelmente. O padrão ovo-lacto-vegetariano baseia-se em cereais, hortícolas, fruta, leguminosas, frutos oleaginosos, lacticínios e ovos, excluindo a carne, o peixe e as aves. O padrão lacto-vegetariano exclui ovos, carne, peixe e aves enquanto que o vegetarianismo total ou padrão vegan, se assemelha ao lacto- vegetariano com a exclusão adicional dos lacticínios. 

Nos últimos anos, o vegetarianismo tem-se tornado cada vez mais popular. Por exemplo, nos Estados Unidos estima-se que em 2000, cerca de 2,5% da população seguia de forma consistente, um regime alimentar vegetariano, variando esta proporção no Reino Unido, entre 3 e 7%. O aumento da disponibilidade de refeições vegetarianas em restaurantes e noutros estabelecimentos de venda de refeições já prontas, traduz-se num número mais alargado de alternativas disponíveis para os vegetarianos, o quefavorece essa opção alimentar. Actualmente, o vegetarianismo pode ser mais frequente em indivíduos do sexo feminino, em grupos populacionais mais escolarizados, e associar-se a outras especificidades do padrão alimentar incluindo, por exemplo, a restrição do consumo de bebidas alcoólicas ou com cafeína, ou de produtos alimentares processados. Para além destas restrições alimentares, outras características relacionadas com o estilo de vida podem associar-se ao vegetarianismo. São exemplo, tender a optar por não fumar, praticar exercício físico regularmente, evitar usar medicamentos, rejeitar produtos testados em animais (cosméticos, por exemplo), assim como optar por terapias alternativas à medicina tradicional. 

Os padrões alimentares vegetarianos oferecem inúmeras vantagens para a saúde incluindo:
  • a baixa ingestão de gordura saturada, colesterol, e proteína animal
  • a elevada ingestão de hidratos de carbono, fibras, magnésio, folato, vitaminas C e E, carotenóides e fitoquímicos;
Contudo, alguns vegans podem apresentar ingestão inferior à recomendada de vitaminas B12 e D, cálcio, zinco, e iodo. 

A alimentação vegetariana tem sido associada a uma redução de inúmeros factores de risco para doença cardiovascular, como perfis lipídicos mais favoráveis, índice de massa corporal mais baixo e pressão sistólica e diastólica mais baixas. No entanto, alguns estudos sugerem que alguns vegetarianos podem apresentar níveis plasmáticos aumentados de homocisteína, um factor de risco emergente para doença cardiovascular, provavelmente associados à ingestão baixa de vitamina B12. 

Uma ingestão elevada de alimentos vegetais, tem sido relacionada com uma redução de risco de determinados cancros, embora não haja diferenças significativas na incidência de cancro e mortalidade, entre vegetarianos e não vegetarianos. Vários estudos apontam para um aumento de risco de certos tipos de cancro nos indivíduos com elevada ingestão de carne e baixa ingestão de fibra, não havendo contudo evidencia consistente que mostre que o vegetarianismo per se proteja contra essas formas de cancro. 

O vegetarianismo associa-se também a alguns factores que poderão favorecer a diminuição da densidade mineral óssea e, consequentemente, o maior risco para osteoporose, embora os estudos que relacionam massa óssea com vegetarianismo apresentem resultados contraditórios. Globalmente, há pouca evidência que sugira que a densidade mineral óssea seja significativamente diferente entre vegetarianos e omnívoros. 

Planos alimentares vegetarianos bem estruturados mostraram ser nutricionalmente adequados, saudáveis e benéficos para a prevenção de doença, e a alimentação vegetariana pode ser apropriada para todas as fases do ciclo de vida. 


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