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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Top das descobertas do simpósio na Universidade de Wageningen

Conheça com o Live Well Nutrition o top 5 das descobertas com mais impacto na nossa vida da área da nutrição.

Durante um simpósio na Universidade de Wageningen, Holanda, 140 pessoas, na sua maioria cientistas holandeses da área da saúde e nutrição escolheram as 15 descobertas da nutrição, desde 1976, que acreditam terem tido um enorme impacto na nossa vida.

De entre as 15, apresentamos as que ocupam os 5 primeiros lugares.


O ácido fólico previne defeitos de nascimento

Esta descoberta derrubou o dogma de que ter uma dieta aparentemente equilibrada fornece quantidade suficiente de todos os nutrientes. De facto, está provado que a suplementação periconcepcional com ácido fólico previne a maior parte dos casos de espinha bífida e anencefalia. 
A adição subsequente de ácido fólico aos alimentos base na América do Norte reduziu claramente a incidência destas anormalidades congénitas. É muito importante que a mulher ingira ácido fólico antes de engravidar pois estes defeitos de nascimento ocorrem na sua maioria nas primeiras semanas de gravidez, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. 



Efeitos dos ácidos gordos trans na saúde 

A descoberta dos efeitos adversos dos ácidos gordos trans nas lipoproteinas do sangue e na incidência da doença cardíaca continua a afectar as directrizes nutricionais e a composição alimentar a nível mundial. Ao longo do século vinte, o endurecimento parcial dos óleos com a concomitante produção de ácidos gordos trans tinha sido o pilar da indústria alimentar, com enormes investimentos na investigação e fábricas. Tudo isso está a ser eliminado agora, e a substituição de parcialmente hidrogenados por óleos não- processados é provável que previna muitos enfartes do miocárdio. 

Regulação nutricional da transcrição de genes 

Exemplos deste mecanismo são a maneira como os ácidos gordos da dieta regulam a síntese hepática de ácidos gordos e o breakdown via receptores nucleares, mas as descobertas vão além disso. A biologia molecular está a abrir a caixa preta da regulaçãodo metabolismo intermediário e isto tem consequências para a nossa compreensão do metabolismo de vitaminas, proteínas, lípidos e hidratos de carbono, e do desenvolvimento de doenças. 

Progresso na medição das calorias ingeridas

Essencial a esta descoberta foi a técnica doubly labeled water para a estimação da energia gasta e consumida. A aplicação desta técnica a humanos demonstrou que a tradicional história alimentar e os métodos de recordação subestimavam o consumo de energia, e que este viés aumenta com o aumento de gordura corporal. O paradoxo de que quanto mais obesa for uma pessoa, menos aparenta comer intrigou os cientistas, mas foram precisas muitas medições de doubly labeled water e anos de debate antes de ser aceite que as pessoas obesas comem mais que pessoas magras, pelo menos em populações com variação limitada de actividade física. A questão foi sensível porque os resultados dos estudos da doubly labeled water pareciam culpar os sujeitos obesos, e pareciam também desacreditar as técnicas de recordação tão amplamente usadas na nutrição e dietética. 

O tecido gordo como um órgão endócrino

Esta descoberta foi anunciada pela descoberta da leptina e a sua ausência num modelo genético de obesidade em roedor. À leptina seguiu-se a descoberta do factor-α da necrose tumoral, adiponectina, resistina e outras hormonas. Estas mudaram drasticamente a nossa visão do metabolismo do tecido adiposo e permitiram uma melhor compreensão dos mecanismos que ligam a obesidade com a diabetes tipo II, aterosclerose e outras doenças. 




Referências:
M B Katan, M V Boekschoten, W E Connor, R P Mensink, J Seidell, B Vessby, W Willett. Which are the greatest recent discoveries and the greatest future challenges in nutrition? European Journal of Clinical Nutrition (2009) 63, 2–10.

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