Afinal, de que forma é que o consumo de café reduz o risco de Alzheimer?
Os investigadores University of Illinois, nos EUA, analisaram o efeito da cafeína na formação de memória de dois grupos de ratinhos: um ao qual foi dado este estimulante e outro não. Todos os animais foram posteriormente expostos à hipoxia, simulando o que ocorre no cérebro durante a interrupção da respiração ou fluxo sanguíneo.
Os investigadores constataram que os episódios de hipoxia despoletavam a libertação de adenosina. As nossas células são como pequenas centrais de energia, sendo alimentadas por combustível chamado ATP que é constituído por moléculas de adenosina. Quando há danos nas células, a adenosina é libertada.
O estudo apurou que em comparação com os ratinhos que não foram tratados com cafeína, os que foram tratados recuperaram a capacidade de formação de novas memórias 33% mais rápido que os ratinhos controlo. Na verdade, a cafeína teve o mesmo efeito anti-inflamatório do que o bloqueio da sinalização de uma proteína que está envolvida na comunicação dos linfócitos e que medeia a inflamação, a IL-1. Esta proteína tem também sido associada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Tal como a fuga de gasolina de um tanque é perigoso para tudo o que está em redor, a libertação da adenosina também representa um perigo para o ambiente celular. Assim a adenosina ativa uma enzima, a caspase-1, que por sua vez, despoleta a produção da IL-1 que medeia a inflamação.
Contudo, os investigadores verificaram que a cafeína bloqueia a atividade da adenosina, inibindo a caspase-1 e consequentemente a inflamação resultante. Deste modo os danos cerebrais ficam limitados e protegidos.
Referências:
Journal of Neuroscience
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