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sábado, 11 de junho de 2011

Vitamina A

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A vitamina A, uma vitamina lipossolúvel, ocorre sob duas formas principais na natureza - o retinol, o qual se encontra apenas em fontes animais e certos carotenóides (provitaminas), as quais se encontram apenas em fontes vegetais. Os carotenóides são os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua cor amarela ou laranja. O carotenóide mais abundante e mais conhecido é o beta-caroteno. O beta-caroteno é um precursor da vitamina A ou "provitamina A", porque a sua actividade como vitamina A ocorre apenas após a sua conversão para retinol no interior do corpo. Uma molécula de beta-caroteno pode ser clivada por uma enzima intestinal específica em duas moléculas de vitamina A.

Os alimentos ricos em beta-caroteno incluem as cenouras, os vegetais de folhas verde escuro e amarelas (p.e. espinafres e bróculos), abóboras, alperces e melões
A vitamina A pré-formada ou retinol, pode ser encontrada no fígado, gema de ovo, peixe, leite inteiro, manteiga e queijo.

Estabilidade da vitamina A

A vitamina A é sensível à oxidação pelo ar. A perda de actividade é acelerada pelo calor e pela exposição à luz. A oxidação das gorduras e dos óleos (p.ex. manteiga, margarina, óleos de cozinha) pode destruir as vitaminas lipossolúveis, incluindo a vitamina A. A presença de anti-oxidantes, tais como a vitamina E contribui para a protecção da vitamina A.

O beta-caroteno é uma das vitaminas mais estáveis em vegetais. Têm sido documentadas perdas pela cozedura de 25%, mas apenas após fervura por um período comparativamente longo.


O estado da vitamina A pode ser influenciado por vários factores, incluindo os seguintes:


  • Doenças e infecções, especialmente o sarampo, comprometem o estado da vitamina A e, reciprocamente, um estado de pobreza em vitamina A diminui a resistência às doenças.
  • A ingestão crónica e em excesso de álcool pode comprometer o armazenamento da vitamina A no fígado.
  • Uma deficiência aguda de proteínas interfere com o metabolismo da vitamina A e, ao mesmo tempo, baixas quantidades de gordura na dieta interferem com a absorção tanto de vitamina A como de caratenóides.
  • As alterações no metabolismo do ferro ocorrem associadas à deficiência em vitamina A, resultando, por vezes, em anemia.
  • A vitamina E protege a vitamina A da oxidação; deste modo um estado adequado de vitamina E protege o estado da vitamina A.
Funções

  • Visão
Os bastonetes, as células visuais receptoras de luz na retina do olho permitem-nos distinguir entre a luz e a escuridão. Estas células contém um pigmento sensível à luz chamado púrpura visual (rodopsina), o qual é um complexo da proteína opsina e da vitamina A. Quando um bastonete é exposto à luz, a púrpura visual desintegra-se, libertando cargas eléctricas para o cérebro. Estes estímulos são depois traduzidos numa imagem composta a qual nós "vemos". Ao mesmo tempo, é formada nova rodopsina nas células visuais a partir da opsina e da vitamina A.
  • Crescimento

A vitamina A tem um papel importante no crescimento normal e no desenvolvimento, bem distinto do seu papel na manutenção da visão. Um dos primeiros sinais de deficiência de vitamina A nos animais é a perda de apetite, acompanhado por um retardarmento do crescimento.

Deficiência de vitamina A

Cegueira nocturna, ou uma capacidade diminuída para ver na penumbra. A deficiência grave produz cegueira parcial ou total, uma doença chamada xeroftalmia. O surgimento de lesões na pele (hiperqueratose folicular) tem também sido utilizado como um indicador inicial de um estado inadequado de vitamina A. A deficiência em vitamina A é de longe a mais generalizada e a mais grave nas crianças, especialmente nos países pobres. É a principal causa de cegueira na infância e, combinada com outros factores, tais como uma malnutrição proteico-calórica e a crescente ocorrência de infecções, é associada a elevadas taxas de mortalidade infantil. 

As doenças podem elas próprias induzir a deficiência de vitamina A, mais especificamente as doenças hepáticas e gastro-intestinais, as quais interferem com a absorção e utilização da vitamina A.

Acredita-se actualmente que um estado carênciado de vitamina A pode estar também associado ao desenvolvimento do cancro, embora não sejam ainda conhecidos os mecanismos exactos.

Segurança

Dado que a vitamina A (enquanto retinol) é armazenada no fígado, quantidades elevada tomadas durante um longo período de tempo podem eventualmente exceder a capacidade de armazenamento do fígado, passar para o sangue e provocar efeitos adversos. Existe assim uma preocupação relativa à segurança de ingestão de elevadas doses de vitamina A pré-formada (retinol), especialmente em bebés, crianças e em mulheres em idade fértil.

Em pessoas bem nutridas, a toxicidade da vitamina A pode ocorrer de forma aguda no seguimento de doses muito elevadas tomadas durante um período de alguns dias, ou como estado crónico no seguimento de doses elevadas tomadas durante um longo período de tempo. Geralmente tomas de até 10 vezes a DDR são consideradas seguras. Os níveis actuais de vitamina A em alimentos fortificados são baseados nos níveis da DDR, assegurando que não existe possibilidade razoável de sobredosagem de vitamina A na população. Na esmagadora maioria dos casos, os sinais e os sintomas de toxicidade são reversíveis após o termino de ingestão de vitamina A.

Ingestões elevadas (superiores a 30mg/dia) de beta-caroteno, podem no entanto resultar numa coloração amarelo-alaranjada da pele , a qual é reversível após terminar a ingestão do beta-caroteno.

Suplementos

A vitamina A está disponível em cápsulas de gelatina mole, comprimidos mastigáveis ou efervescentes ou em ampolas. Está também incluída na maioria dos multivitamínicos.

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